O suicídio não é algo pessoal.
Todo suicida nos leva ao nosso funeral.
O suicida não é só cruel consigo.
É cruel, como cruel só sabe ser o melhor amigo.
O suicida é aquele que pensa matar seu corpo a sós.
Mas seu eu se enforca num cordão de muitos nós.
O suicida não se mata em nossas costas
Mata-se em nossa frente usando seu próprio corpo dentro de nossa mente,
O suicida não é o operário.
É o próprio industrial em greve.
É o patrão que vai aonde o operário não se atreve.
Todo homem é mortal.
Mas alguns, mais que outros,
Fazem da morte um ritual.
O suicida, por exemplo, e um vivo acidental.
É o general que se equivocou de inimigo e cravou a sua espada na raiz do próprio umbigo.
Mais que o espectador que saiu no entreato o suicida é um ator que questionou o teatro.
O suicida é um retratista que às claras se revela.
Ao expor seu negativo queima o retrato e se vela.
O suicida, enfim, é um poeta perverso e original que interrompeu seu poema antes do ponto final
siga no Instagram Follow @twitter
Todo suicida nos leva ao nosso funeral.
O suicida não é só cruel consigo.
É cruel, como cruel só sabe ser o melhor amigo.
O suicida é aquele que pensa matar seu corpo a sós.
Mas seu eu se enforca num cordão de muitos nós.
O suicida não se mata em nossas costas
Mata-se em nossa frente usando seu próprio corpo dentro de nossa mente,
O suicida não é o operário.
É o próprio industrial em greve.
É o patrão que vai aonde o operário não se atreve.
Todo homem é mortal.
Mas alguns, mais que outros,
Fazem da morte um ritual.
O suicida, por exemplo, e um vivo acidental.
É o general que se equivocou de inimigo e cravou a sua espada na raiz do próprio umbigo.
Mais que o espectador que saiu no entreato o suicida é um ator que questionou o teatro.
O suicida é um retratista que às claras se revela.
Ao expor seu negativo queima o retrato e se vela.
O suicida, enfim, é um poeta perverso e original que interrompeu seu poema antes do ponto final
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