VALE A PENA REFLETIR...
siga no Instagram
Follow @twitter
É comum confundir a Angústia com a Tristeza, mas, na verdade, a Angústia é apenas a sensação que sentimos quando estamos tristes.
Ficamos tristes quando vivemos experiências que colidem com os nossos valores e interesses; estamos angustiados quando sentimos o nosso corpo caído sobre si próprio e ficamos sem capacidade de nos erguermos, ficamos com dificuldade em respirar e em pensar, com dor no peito…
Sempre que estamos tristes, sentimos a Angústia. Quando mais tristes estamos, mais Angústia sentimos. Nos casos extremos de Tristeza, a Angústia sentida também é extrema e a dor da morte aproxima-se. A dor da morte é uma pressão física tão forte que nos obriga a um pensamento de libertação: o suicídio. Aqui, o pensamento sobre o suicídio é uma forma de libertação inconsciente, pois a dor é tão forte e interior, que nos “suga” a alma e só um pensamento nos ocorre: a fuga… sair do corpo que se afunda…
Mas… o que é mesmo a Angústia?
A Angústia é um estado físico provocado principalmente pela libertação de uma hormona: a Noradrenalina. Esta tem a capacidade de vasoconstrição, ou seja, reduz o fluxo sanguíneo nos órgãos vitais, diminuindo a abertura dos vasos sanguíneos. Quando este fenómeno físico acontece, há menos circulação sanguínea e mais pressão, os pulmões recebem menos sangue e diminuem o ritmo respiratório, o cérebro recebe menos oxigénio e diminui as suas funções. São estes efeitos físicos que produzem a sensação de Angústia.
Assim, sempre que percebemos, imaginamos ou vivemos uma experiência que nos deixa tristes, o nosso cérebro provoca a libertação da hormona Noradrenalina, produzindo um estado físico que nos permite criar um estado introspetivo. Num estado introspetivo, ficamos sem capacidade de responder à maior parte dos estímulos diários e concentramo-nos apenas nas emoções, nas experiências que nos perturbam, na tentativa de nos dissociarmos delas.
Quando é que saímos desse estado introspetivo, desse estado de Tristeza e Angústia?
Saímos desse estado quando nos conseguimos dissociar e libertar dessas emoções que nos perturbaram no passado, e que ainda nos perturbam.
É possível sentirmos Angústia sem estarmos tristes?
Sim. Falaremos do fenómeno perturbador do Distúrbio Cíclico da Angústia noutros comentários.
Saiba mais sobre Depressão e o Modelo Psicoterapêutico HBM.
Texto de Pedro Brás © Clínica da Mente 2014
Comentários